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Este espaço foi criado antes da reactivação do Núcleo de Arquitectura Paisagista da Universidade do Algarve (NAPUA) que se deu em Junho de 2011.

O blog oficial do NAPUA é http://www.nucleoapualg.blogspot.com/

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sábado, 18 de julho de 2009

Visita a Obras e Projectos - Silves, Armação de Pêra e Albufeira

Data da visita: sábado, dia 6 de Junho de 2009
Professores: Arq. Paisagista Maria Amélia Santos; Arq. Paisagista Desidério Baptista

Esta viagem surgiu no âmbito da cadeira de Projectos de Arquitectura Paisagista V, como uma constatação da necessidade de os alunos verem tanto obras como projectos já executados. A visita foi organizada e conduzida pela Professora e Arquitecta Paisagista Maria Amélia Santos. Nesta visita, para além dos alunos de PAP V, participaram ainda alguns alunos do 3º ano (PAP III) e alguns finalistas.


SILVES


Neste projecto foram utilizados cores e texturas características do lugar. O tom ocre terroso é constantemente utilizado em todo o projecto.

No parque de estacionamento, destaque para a utilização dos seguintes materiais:

  • Grés de Silves - arenito vermelho (de desgaste fácil). É utilizado em placas para efeitos de revestimento.
  • Calcário - pavimentação (lajes espessas, aprox. 8 cm; calçada graúda).
  • Betão - pavimentação (paver/ blocos).

Na concepção deste espaço é notória a prioridade atribuída à circulação pedonal. Este objectivo é conseguido através aplicação contínua do mesmo material (calcário) em zonas destinadas à circulação pedonal - incluindo passadeiras.

A estrutura com repuxos presente no espaço, encontra-se revestida por placas de Grés de Silves. O corrimento ineterrupto da água conduz à abertura das juntas. Uma solução a adoptar poderia ser, por exemplo, a aplicação de uma peça única ao invés de várias mais pequenas. As placas de Grés de Silves tendem ainda a desgastar-se e manchar as placas de calcário que constituem a pavimentação junto à estrutura de repuxos.


Na zona de encosta o projecto assume um cariz diferente. Os espelho dos degraus é de aço córten e a pavimentação permeável é conseguida através da utilização de um ligante. Este tipo de abordagem é utilizada nas zonas de circulação pedonal.

Na zona de circulação automóvel que dá acesso à Cafetaria a pavimentação difere, sendo composta por calçada de Sienito de Monchique.

Os elementos mais característicos do projecto serão, muito possivelmente, os muros projectados pelo Arquitecto Paisagista. Estes muros simulados consistem em caixas cúbicas de estrutura em rede que, ora se encontram preenchidas por grés de silves, ora não, conforme o efeito pretendido. A adopção desta solução permite a manutenção das vistas mas dando sempre a ideia da existência de um muro.


É possível apreender uma constante sintonia na linguagem. O ocre e o antracite são frequentemente utilizados. Vários elementos, como os páineis sinalécticos e os bebedouros são compostos por aço córten.

Para a estabilização do talude foi aplicada hidrosemeteira. No entanto, devido à grande pendente do talude as sementes foi arrastada com as primeiras chuvas. Da hidrossementeira resta actualmente muito pouco, sendo a maioria da vegetação de talude composta por espontâneas e infestantes.

Outra característica interessante do projecto é o facto de os percursos pedonais rampeados, nesta zona, se desenvolverem paralelamente às curvas de nível. Estes percursos são em madeira. Transversalmente, o acesso é feito por escadas de calcário. A utilização de elementos de material calcário (escadas e bancos) é propositada, funcionando como elemento de ligação.

[Redacção não concluída. Tentaremos ser breves]

Redacção: Andreia Martins

Fotografia: Nádia Gameiro; Miguel Carvalho

1 comentários:

Anónimo disse...

Tudo muito bonito, mas num local tão soalheiro onde estão as sombras? Sol... sol... calor... calor...

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